A História Polêmica do Lateral que Conquistou o Brasileiro pelo Vasco em 1997
Você provavelmente sabe de cor a escalação do time do Vasco campeão brasileiro de 1997: Carlos Germano, Válber, Mauro Galvão, Felipe, Luizinho, Nasa, Juninho, Ramon, Evair, Edmundo… Mas você sabia que aquela campanha histórica contou com 29 jogadores no elenco? Entre eles estava um personagem folclórico que teve passagem curta, porém marcante pelo cruzmaltino: Cafezinho.
De Vilão no Madureira a Xodó da Torcida Vascaína
Antes mesmo de vestir a camisa cruz-maltina, Cafezinho já havia se tornado notório no futebol carioca. Mas não foi pelo seu talento com a bola nos pés. O lateral-direito ganhou fama nacional durante a final do Campeonato Carioca de 1997, quando ainda defendia o Madureira, em um episódio polêmico envolvendo ninguém menos que Romário.
Em uma partida que terminou com goleada do Flamengo sobre o tricolor suburbano por 7 a 0, Cafezinho protagonizou uma sequência de lances violentos contra o Baixinho. O que começou com entradas duras evoluiu para uma agressão física quando o lateral acertou um soco no supercílio direito de Romário, causando uma enorme confusão em campo.
O episódio poderia ter encerrado qualquer possibilidade de carreira em grandes clubes para Cafezinho, mas o destino lhe reservava um caminho surpreendente.
O “Expressinho da Vitória”: A Revolução no Elenco Vascaíno de 97
Como Cafezinho Integrou a Reformulação do Vasco no Segundo Semestre
No segundo semestre de 1997, o Vasco passou por uma grande reformulação em seu elenco. A diretoria cruz-maltina contratou praticamente um time inteiro de jogadores vindos de equipes menores do Rio de Janeiro, formando o que ficou conhecido como “Expressinho da Vitória”.
Cafezinho foi um desses reforços, chegando ao clube após o estadual junto com outros jogadores como Odvan e Nasa, que se tornaram peças importantes da equipe que faria história no final da década de 90. A contratação aconteceu em um momento de necessidade, já que o Vasco havia perdido jogadores importantes:
- Pimentel havia se transferido para o Palmeiras após quatro anos como titular
- Luisinho, seu reserva imediato, se transferiu para o Atlético Paranaense
- O botafoguense, cria da base vascaína, também deixou o clube no segundo semestre
Com essas baixas, o técnico Antônio Lopes precisou fazer testes no início do Campeonato Brasileiro, especialmente na lateral direita, que não tinha um titular definido.
A Curta Passagem de Cafezinho pelo Gigante da Colina
A trajetória de Cafezinho no Vasco foi breve, mas suficiente para garantir seu lugar na história. Sua estreia pelo clube aconteceu em um amistoso contra o América, durante a pré-temporada. Porém, sua primeira partida oficial veio na Supercopa dos Campeões da Libertadores, competição que o Vasco disputou após ter seu título sul-americano de 1948 reconhecido pela CONMEBOL.
O lateral enfrentou o Peñarol e o Nacional do Uruguai pela Supercopa antes de fazer sua estreia no Campeonato Brasileiro. Seu único jogo pelo torneio nacional foi como titular contra o Corinthians, no Pacaembu, em uma derrota por 2 a 1. Cafezinho começou a partida, mas falhou no primeiro gol do Timão e acabou substituído por Maricá ainda durante o jogo.
Essa foi sua última aparição com a camisa cruz-maltina. Sua passagem pelo Vasco terminou com apenas quatro jogos disputados, nenhum gol marcado, mas com um título brasileiro no currículo.
O Legado dos Campeões Esquecidos do Vasco
Por Que Cafezinho Merece Ser Lembrado na História Vascaína
Cafezinho faz parte de um seleto grupo que podemos chamar de “campeões esquecidos” do Vasco. Assim como Amarildo “O Possesso”, campeão com o cruzmaltino em 1984, e Anderson, reserva no time bicampeão de 1989, ele conquistou um título importante apesar da curta passagem.
O que torna a história de Cafezinho fascinante é a transformação de sua imagem: de vilão odiado pela torcida vascaína (por ter agredido Romário, ídolo formado nas categorias de base do clube) a campeão brasileiro pelo Gigante da Colina.
A trajetória de Cafezinho nos lembra que o futebol é feito não apenas de grandes estrelas, mas também de coadjuvantes que, mesmo com pouco tempo em campo, ajudam a construir a história dos clubes. O lateral direito pode ter disputado apenas quatro partidas pelo Vasco, mas seu nome está eternizado na lista de campeões brasileiros pelo clube.
Curiosidades Sobre o Vasco Campeão Brasileiro de 1997
Para contextualizar melhor essa época dourada do Vasco, confira algumas curiosidades sobre a campanha do título brasileiro de 1997:
- O elenco contou com 29 jogadores diferentes ao longo da competição
- O time teve como destaque o atacante Edmundo, apelidado de “Animal” por sua raça em campo
- Antônio Lopes comandou a equipe com uma mistura de experiência e jovens talentos
- O “Expressinho da Vitória” foi fundamental para renovar o elenco no segundo semestre
- O título de 1997 foi o terceiro Campeonato Brasileiro conquistado pelo Vasco na história
O Que Você Acha de Cafezinho e dos “Campeões Esquecidos”?
E aí, torcedor vascaíno, você se lembrava de Cafezinho? Conhece outros jogadores que tiveram passagens curtas pelo Vasco mas conquistaram títulos importantes? Compartilhe nos comentários suas memórias sobre esses “campeões esquecidos” e outras curiosidades sobre o Vasco campeão brasileiro de 1997!
Você acredita que a estratégia do “Expressinho” poderia funcionar nos dias atuais? Qual jogador de time pequeno do Rio você gostaria de ver com a camisa cruz-maltina na temporada atual?
Deixe seu comentário abaixo e vamos manter viva a memória desses personagens que, mesmo com pouco destaque, ajudaram a construir a história gloriosa do Gigante da Colina!

João Paulo da Silva é apaixonado por futebol e, em especial, pelo Vasco da Gama. João traz para seus leitores as últimas notícias, análises e insights sobre o clube. Com uma abordagem detalhada e sempre atualizada, compartilha sua visão sobre os bastidores do Vasco, seus jogadores e os acontecimentos do time, mantenho os vascaínos bem informados e conectados com o nosso clube do coração.